Os Estados Unidos consideram a intervenção de
militares na cena política da Guine-Bissau como inconstitucional e ilegal. Quem
o disse foi o indigitado Secretàrio de Estado Assistente para os assuntos
africanos Johnnie Carson. O diplomata
americano disse ainda que o governo de Barack Obama quer expandir o acesso
livre de produtos africanos aos estados Unidos.
Falando numa
audiência do senado para a sua confirmação Carson sublinhou a importância do
continente africano para os Estados Unidos como parceiro comercial fazendo
recordar que o continente africano fornece 15 por cento do petróleo consumido
pelos estados unidos e maioria do gás liquefeito .
Johnnie Carson disse ao comité de relações externas do
senado ter havido grandes progressos em África em termos de democratização e liberalização
das economias e também uma redução 'aguda" no número de conflitos em redor de
África.
Mas disse que " nos últimos doze meses militares
africanos intervieram ilegalmente e constitucionalmente em quatro países",
sendo um deles a Guine Bissau.
O futuro
Secretário de Estado Assistente para Assuntos Africanos disse que incentivar o
crescimento das economias de África será um das prioridades da administração
Obama.
Carson
disse que o governo norte-americano quer "rever e expandir" a chama Lei de
Oportunidade e Crescimento em África pela qual 40 países africanos têm acesso
preferencial aos mercados americanos.
Carson mostrou-se também um defensor da chamada Conta
do Desafio do Milénio, um programa iniciado pela administração Bush e que
beneficiam entre outros países Moçambique e Cabo Verde.O
diplomata afirmou que os Estados Unidos devem dar um "ênfase renovado e
sustentável" à agricultura em África, promovendo também iniciativas de crescimento
do sector privado, particularmente pequenas e medias empresas e ainda a
transparência.
As prioridades apontadas por Carson para a política
africana da administração Obama são para alem do crescimento económico
sustentável, o fortalecimento das instituições democráticas, a prevenção de
conflitos e o combate às pandemias, insegurança alimentar, trafico de drogas e insegurança
marítima.
Carson
fez notar que o trafico de drogas é o que chamou de "um crescente problema na
África ocidental" acrescentando que isso poderá tornar nua principal força de
destabilização nos próximos anos se não
for travado.