Da Rússia ao Corpo de Fuzileiros Navais, a próxima parada desta mulher é a Escola de Infantaria

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Depois de 13 semanas brutais de marcha, privação de sono e testes de resistência física e mental, Maria Daume se formou em janeiro no programa de treinamento básico do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em Parris Island, Carolina do Sul.

Maria Daume faz parte da primeira turma de mulheres* que se formou com contrato para se juntar à infantaria do Corpo de Fuzileiros Navais, o que significa que ela vai frequentar a Escola de Infantaria em Camp Geiger, na Carolina do Norte, uma das escolas mais difíceis das Forças Armadas dos EUA, e que mais exigem fisicamente.

Ela está pronta para o desafio.

Nascida em uma prisão russa na Sibéria, onde viveu os dois primeiros anos de vida, Maria foi adotada por um casal de Long Island, Nova York, e imigrou para os EUA quando tinha 4 anos.

Soldado deitado com rosto na lama (Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA/Segundo-sargento Greg Thomas)
Maria Daume arrasta vítima simulada em treinamento de combate em Parris Island, Carolina do Sul (Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA/Segundo-sargento Greg Thomas)

Ela soube que queria ser fuzileira naval aos 12 anos, quando esteve com recrutadores em um evento para angariar fundos para uma campanha de conscientização do câncer.

“Eles estavam fazendo barra fixa e abdominais, e me apaixonei por isso* na hora”, disse Maria.

Ela disse ter se preparado para o Corpo de Fuzileiros Navais no ensino médio praticando esportes e artes marciais mistas, esporte que combina técnicas de luta livre e boxe com kickboxing, judô e caratê.

“Com os esportes coletivos, é preciso trabalhar em conjunto. Quando você tem uma equipe, você tem uma família”, disse Maria. Com as artes marciais mistas, “trata-se de ficar calmo e não se irritar. Se ficar com raiva você pode cometer erros bobos”.

Close de pessoas com uniforme militar (Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA/Segundo-sargento Greg Thomas)
Maria Daume canta o “Hino dos Fuzileiros Navais” depois de se formar em treinamento para fuzileiros navais (Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA/Segundo-sargento Greg Thomas)

Seu bom senso aparece quando fala da próxima etapa do seu treinamento. Ela entende que está dando um passo histórico para as mulheres no Corpo de Fuzileiros Navais, mas diz não estar nervosa por ser uma das primeiras mulheres a frequentar a escola de infantaria.

“Realmente não me preocupo com o que as pessoas pensam”, disse Maria. “Vou me dedicar e fazer isso por mim e para as outras mulheres que entram para as Forças Armadas, para que elas também possam fazer.”

* site em inglês