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Folhetos

Eleições americanas: mulheres na política

18 de julho de 2012
Capa de folheto mostra a ex-senadora Hillary Clinton fazendo campanha em 2008

Click no link à direita para baixar a versão PDF do folheto.

O LUGAR DA MULHER

No final do século 18, os governos ocidentais eram liderados por homens brancos que provavelmente nunca imaginariam que uma mulher pudesse concorrer a todos os cargos eletivos, muito menos à Presidência.

Abigail Adams estava à frente do seu tempo na defesa da inclusão. “Lembre-se das senhoras”, escreveu ao marido, o líder revolucionário John Adams, em março de 1776, quando ele era delegado do Congresso Continental. Ela conclamou o Congresso a considerar os direitos da mulher ao lançar os alicerces da Independência dos EUA.

“Lembre-se, todos os homens seriam tiranos se pudessem”, escreveu. “Se as senhoras não receberem cuidado e atenção especiais, estamos determinadas a fomentar uma rebelião e não nos consideraremos obrigadas a cumprir a lei, diante da qual não temos voz ou representação.”

Abigail Adams tornou-se primeira-dama quando seu marido sucedeu George Washington como presidente em 1797.

Entre a carta de Abigail Adams e a campanha de 2008 de Hillary Rodham Clinton, a primeira candidata a presidente politicamente viável, gerações de americanas superaram estereótipos e quebraram barreiras para obterem cargos eletivos.

Em 1887, Susanna Madora Salter foi eleita prefeita de Argonia, no Kansas, tornando-se a primeira mulher nos EUA a ocupar o cargo, apenas algumas semanas depois de o estado do Kansas ter estendido o direito de voto às mulheres. Alguns homens haviam indicado Susanna, então com 27 anos, como se fosse uma piada, mas isso acabou se voltando contra eles, e ela ganhou a eleição.

MULHERES NO CONGRESSO

Jeannette Rankin, republicana de Montana, assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados dos EUA em 2 de abril de 1917, como a primeira mulher eleita para o Congresso — antes mesmo que a 19a Emenda, de 1920, concedesse a todas as americanas o direito de voto nas eleições.

Jeannette Rankin afirmava que os talentos e as especialidades das mulheres eram necessários para a construção de sociedades melhores. “Homens e mulheres são as mãos direita e esquerda; não faz sentido não usar ambas”, disse.

Em 1932, Hattie Caraway, indicada inicialmente para ocupar a cadeira do marido falecido, tornou-se a primeira mulher eleita para o Senado por seus próprios méritos, representando o Arkansas. Apelidada de “Hattie, a silenciosa” pela raridade de seus discursos públicos, ela encarava suas responsabilidades com seriedade e construiu uma reputação de integridade.

Margaret Chase Smith representou o Maine, primeiro na Câmara dos Deputados e, depois, no Senado — a primeira mulher a servir nas duas casas do Congresso dos EUA. Em 1964, a republicana Margareth Smith tornou-se a primeira mulher a ser considerada para indicação à Presidência na convenção nacional; perdeu para Barry Goldwater.

CANDIDATAS NACIONAIS

Shirley Chisholm de Nova York — a primeira afro-americana a ser eleita para o Congresso e defensora dos direitos das minorias — fez campanha para indicação à Presidência em 1972. Shirley lutou para ser levada a sério; o âncora Walter Cronkite anunciou sua candidatura com as palavras “um novo chapéu — ou melhor, um toucado — foi lançado hoje na corrida democrata para presidente”. Shirley perdeu a indicação para George McGovern.

Em 1984, Geraldine Ferraro fez campanha como candidata democrata a vice-presidente. Ao aceitar a indicação, a representante de Nova York declarou: “Ao escolher uma mulher para concorrer ao segundo maior cargo do país, vocês enviaram um sinal poderoso a todos os americanos. Não há portas que não possam ser abertas. Não faremos qualquer restrição ao mérito.”

Quando o presidente George W. Bush fez seu discurso sobre o Estado da União em janeiro de 2007, a primeira mulher presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, de São Francisco, sentou-se atrás dele no estrado. (O cargo de presidente da Câmara é o segundo na linha de sucessão do presidente da República, logo após o vice-presidente.)

O presidente Bush afirmou que a ascensão de Nancy Pelosi ao cargo de presidente da Câmara foi “histórica para o nosso país. E como pai de jovens mulheres, acho isso importante”.

Em 2008, Sarah Palin, tornou-se a primeira candidata mulher do Partido Republicano a vice-presidente.

Em junho de 2008, a ex-primeira-dama Hillary Rodham Clinton, senadora americana por Nova York, encerrou sua histórica campanha à Presidência dos EUA. Os 18 milhões de votos obtidos na primária até junho não seriam suficientes para assegurar a indicação democrata.

“Pensem quanto progresso já alcançamos”, declarou Hillary a seus partidários. “A partir de agora será corriqueiro para uma mulher vencer as primárias estaduais, corriqueiro ter uma mulher em disputa acirrada pela indicação, corriqueiro pensar que uma mulher pode ser presidente dos Estados Unidos.”