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Combate ao desmatamento diminuiu as emissões no Brasil

Estudo revela que as emissões de gases de efeito estufa estão em declínio no país desde 2005 devido a iniciativas para regular o uso da terra e combater o desmatamento

floresta amazonica

O desmatamento na Amazônia
tem diminuído, mas ainda é ameaça

Foto: USAID/José Caldas

Um estudo sobre a emissão de gases de efeito estufa no Brasil de 1990 a 2011 foi lançado no final de novembro e mostra que o setor de uso da terra foi o único a ter redução de emissões nesse período. Historicamente, o uso da terra, o que inclui desmatamento, tem sido a principal fonte de emissões de carbono no Brasil, em razão das altas taxas de desmatamento na Amazônia. De acordo com esse estudo, a emissão total do país caiu de 2,19 bilhões de toneladas em 2005 para 1,26 bilhão de toneladas em 2011, e a única responsável por essa redução foi a diminuição no desmatamento. Os resultados do estudo são particularmente positivos para o Programa de Meio Ambiente da USAID/Brasil, que tem apoiado iniciativas para regulamentar o uso da terra e combater o desmatamento na Amazônia durante os últimos 20 anos e certamente contribuiu para essa realização.


Isso não significa que o problema do desmatamento está resolvido no Brasil. O uso da terra ainda é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa no país e, ainda que o desmatamento na Amazônia e em outros biomas esteja diminuindo, ele ainda é uma ameaça para que o Brasil cumpra sua meta de reduzir em cerca de 36% suas emissões até 2020. Outro obstáculo para alcançar esse objetivo é o aumento de emissões nos quatro outros setores: energia, agricultura, indústria e resíduos. A emissão total de gases do efeito estufa no Brasil aumentou 14% de 1990 a 2011.


O setor com o maior aumento na emissão de gases foi o de energia. De 2005 a 2011 o aumento foi de 23%, principalmente devido ao uso de usinas termelétricas para complementar a produção de eletricidade e ao aumento do número de veículos que usam combustíveis fósseis. O Programa de Energia da USAID/Brasil previu esse crescimento e desenvolveu uma série de soluções e políticas que podem contribuir para mudar essa tendência, caso possam ser aplicadas em larga escala.
O estudo foi preparado com base no Segundo Inventário de Emissão de Gases do Efeito Estufa do Brasil.