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Notícias

John Kerry: o próximo secretário de Estado

Por Phillip Kurata | Redator | 01 de fevereiro de 2013

John Kerry sorri após receber a aprovação unânime da Comissão de Relações Exteriores do Senado em 29 de janeiro para se tornar secretário de Estado.

Washington - John Kerry, de Massachusetts, está se mudando do Senado dos EUA – onde ele ofereceu assessoramento e aprovação com relação à política externa americana – para o departamento de Estado, onde ele irá implementá-la. Em 29 de janeiro, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou com unanimidade Kerry como o próximo secretário de Estado, e algumas horas mais tarde o pleno do Senado votou maciçamente para confirmá-lo no cargo.

“Do seu serviço condecorado no Vietnã às suas décadas no Senado como campeão da liderança global americana, a eminente carreira de John o preparou para orientar a diplomacia americana nos próximos anos”, disse o presidente Obama em uma declaração após o voto de confirmação. A secretária Hillary Rodham Clinton entrega o cargo em 1º de fevereiro.

Na sua audiência de confirmação em 24 de janeiro, Kerry demonstrou amplo conhecimento dos assuntos de política externa, obtidos como consequência de seu serviço na Comissão de Relações Exteriores desde 1984. Filho de um diplomata americano, Kerry esteve imerso na política externa toda sua vida e demonstrou sua maestria no assunto ao se candidatar à presidência como candidato indicado pelo partido Democrata em 2004. Desde 2007, ele presidiu a Comissão de Relações Exteriores do Senado e foi um firme apoiador da política externa do governo durante o primeiro mandato do presidente Obama.

Durante esse tempo, Kerry orientou um tratado de redução de armas com a Rússia para ratificação junto ao Senado e realizou missões diplomáticas sensíveis para a Casa Branca no Afeganistão, Paquistão e Sudão.

Kerry disse a seus colegas de Senado durante a audiência de confirmação de que “mais do que nunca, a política externa é a política econômica. O mundo está competindo por recursos e mercados globais”. Kerry também disse que a atual crise fiscal dos EUA é a “principal prioridade” que precisa ser resolvida, dizendo que os Estados Unidos não podem ser fortes no mundo se não forem fortes em casa.

Ele disse que a política externa aborda uma ampla gama de assuntos e deve fazer uso de um grande número de ferramentas. Saúde econômica, assuntos ambientais e demográficos, proliferação, pobreza, pandemias, refugiados, conflitos, e as demandas de novas tecnologias são “indissociáveis”, ele disse.

Ele disse que em muitos países do mundo, “crescentes populações de jovens, famintos por empregos, oportunidades, direitos e liberdades individuais, estão se rebelando contra anos de privação e humilhação”.

Como secretário, Kerry disse, ele vai continuar a levantar questões de direitos humanos e lutar por uma maior tolerância religiosa, igualdade de gêneros e étnica, e pelo fim da corrupção.

Devido aos seus 28 anos como senador, espera-se que Kerry seja capaz de trabalhar de forma eficaz com o Congresso.

“Você já construiu um forte relacionamento com líderes de todo o mundo, que irão ajudá-lo perfeitamente no papel de secretária de Estado”, disse o senador Robert Menendez, de Nova Jersey. “Você não precisa ser apresentado aos líderes políticos e militares do mundo e vai começar já no primeiro dia totalmente familiarizado, não só com os meandros da política externa dos EUA, mas com uma abordagem diferenciada, necessária para interagir de maneira eficaz no cenário multinacional.”

O senador Bob Corker, do Tennessee, o republicano mais graduado na Comissão de Relações Exteriores, disse que não há “quase ninguém” que empreendeu tanto tempo e esforço como Kerry no desenvolvimento de conhecimento em assuntos de relações exteriores.