Do Medio-Oriente à América, passando pela Europa, Ásia
e África, milhares de pessoas têm participado em manifestações para denunciar
os ataques israelitas e mostrar a solidariedade para com os palestinianos.
No Líbano dezenas de milhares de apoiantes do Hezbollah
saíram as ruas em Beirute envergando bandeiras da Palestina e do Hezbollah.
Lideres do movimento Shiita libanês declararam o dia de
ontem como dia de luto e solidariedade para com a Faixa de Gaza, e apelaram aos
árabes no mundo inteiro a darem o seu apoio ao território palestiniano agora em
crise.
Protestos de rua tiveram igualmente lugar no Egipto,
com os manifestantes a empunharem a bandeira palestiniana.
No Irão, o porta-voz do ministério dos Negócios
Estrangeiros condenou os ataques aéreos israelitas, e considerou a investida
militar de Israel como crime de guerra passível de ser considerado de
genocídio.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais têm
acusado o Hamas como responsável pelo reinício da violência. Responsáveis na
Casa Branca e no Departamento do Estado disseram que os Estados Unidos estão na
busca de um cessar-fogo sustentável, mais durável que a trégua que expirou no
inicio deste mês.
Na Alemanha, o porta-voz da chanceler Angela Merkel,
Thomas Steg disse que a chefe do governo alemão acredita que o Hamas é
exclusiva e claramente responsável pela actual violência.
O porta-voz disse que o Hamas unilateralmente quebrou o
acordo de cessar-fogo. Houve ataques recentes a colonatos e território
israelita com rockets, e é inquestionável que Israel tenha o legítimo direito
de proteger a sua população e defender o seu território.
A chanceler alemã apelou igualmente Israel a evitar
ataques aos alvos civis na sua investida contra o Hamas.
O presidente George Bush disse por sua vez que o Hamas
deve por fim ao lançamento de foguetes para o território israelita de forma a
parar com a violência na região.
O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon apelou
ao Hamas para parar com a violência e fazer todo o necessário para evitar mais
vítimas civis. Mas Ban cricitou também o "uso excessivo da força" por parte de
Israel.
"Enquanto reconheço o direito de defesa por
parte de Israel, devo também condenar o uso excessivo da forca em Gaza" disse
Ban.
" Os sofrimentos causados as populações civis em
resultado desta violência a larga escala e a destruição dos últimos dias,
deixaram-me profundamente triste" acrescentou
O secretário-geral da ONU adiantou ainda que Israel
deve manter aberta a fronteira para
permitir o envio de ajuda humanitária aos necessitados em Gaza.