Os
governos do Quénia, Ruanda, Tanzânia e Uganda, afirmam ter enviado equipas médicas
para a fiscalização dos visitantes em todos os pontos de ingresso nos seus
respectivos países, entre os quais, aeroportos, portos marítimos e fronteiras
terrestres.
O
porta-voz do governo queniano, Alfred Mutua, disse que visitantes dos países
onde se tenham registado mortes ou casos confirmados da epidemia, estão a ser
examinados mais do que os restantes
Acredita-se que o vírus causador da gripe suína seja
de origem mexicana, onde se suspeita tenha causado a morte de pelo menos 170
pessoas, enquanto os Estados Unidos confirmaram a morte de uma pessoa, e mais
de 90 casos de contaminação.
Vários outros países entre os quais v,a Nova Zelandia,
o Canada, a Grã-Bretanha e a Espanha, figuram entre outros tantos países onde
se terão registado casos confirmados da gripe suína.
Alarmada
pela rápida propagação da epidemia, a Organização Mundial de Saúde, alertou, na
quarta-feira, a comunidade mundial elevando a gripe suína a máxima categoria, advertindo
que a epidemia se iria tornar dentro em breve numa pandemia.
O
Director do Centro das Doenças Contagiosas no Ministério de Saúde, do Quenia, Dr.Philip
Muthoka, disse a Voz da América que apesar das preocupações à escala global, a
falta de recursos e outros meios de combate a epidemia que poderiam afectar as nações
africanas, o Quénia e as autoridades sanitárias regionais estão preparadas:
Todos
os responsáveis estão preparados para qualquer caso que surgir," disseele
acrescentando que o país possui "algumas" reservas do medicamento Tamiflu que é "o melhor recurso à nossa
disposição".
O medicamento
Tamiflu não é vacina contra o vírus da febre suína, mas tem-se demonstrado muito eficiente no tratamento
e redução da propagação do vírus. O Quénia não revelou a quantidade das suas
reservas do medicamento, mas o Uganda disse possuir uma reserva de 10 mil doses
do mesmo.
As
entidades de saúde na região leste africana emitiram igualmente medidas orientadoras
quanto à formas das pessoas se protegerem contra a gripe suína, exortando os
cidadãos à utilização mais frequente por exemplo do sabão, na lavagem das mãos,
e outras praticas de higiene.
A intensificação
da vigilância acontece na altura em que se confirma a noticia segundo a qual a
gripe suína terá atingido o Continente Africano, havendo noticias de duas
mulheres na África do Sul terem manifestado sintomas da doença, depois do seu
regresso de visitas separadas do México.
Nos
últimos dias, os pesquisadores de saúde em África manifestaram a preocupação de
que os médicos no Continente possam não ser capazes de identificar a
enfermidade nos seus pacientes de forma a poderem combater mais rapidamente a propagação
da mesma.
Notaram
ainda que milhões de africanos sofrem de doenças, tais como a tuberculose, pneumonia
e malária que manifestam sintomas similares, receando diagnósticos errados
quanto a esta nova enfermidade.