Sob o olhar de um soldado norte-coreano o general Walter Sharp numa visita a fronteira.

O comandante das forças americanas na Coreia do Sul avisou a Coreia do Norte que "todas as opções" estão em aberto se Pyongyang continuar com preparativos para o que parece ser um teste de missil de longo alcance.

O General Walter Sharp, Comandante das Forças Americanas na Coreia do Sul, respondeu hoje, segunda-feira, aos indícios de um possível e iminente teste de míssil de longo alcance, apelando a Pyongyang para moderação:

"Muitos países através do globo estão neste momento ansiosos, à espera, para verem se Pyongyang vai agir com responsabilidade, ou não," disse o general Sharp.

" Apelamos à Coreia do Norte, a evitar provocações, e assumir a postura de uma nação responsável" acrescentou.

Analistas de defesa americanos e sul-coreanos dizem haver provas que indicam que a Coreia do Norte está a preparar uma plataforma para um teste do seu modelo mais avançado de míssil, capaz teoricamente de atingir o território americano.

Os Estados Unidos estacionaram uma força de cerca de 28 mil homens na Coreia do Sul por forma a ajudar este ultimo país a repelir ou derrotar qualquer tentativa de mais uma invasão do seu território, tal como aconteceu em 1950,quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul.

O militar americano advertiu que os Estados Unidos são capazes de ripostar cabalmente a qualquer provocação por parte da Coreia do Norte.

"Temos todas as opções possíveis à nossa disposição, entre as quais sanções diplomáticas, económicas e militares," disse o militar americano.

Apesar da recente retórica intensa de alguns sectores da politica em Pyongyang, nenhum observador acredita que a Coreia do Norte empobrecida tenha recursos suficientes para empreender uma iniciativa militar contra a Coreia do Sul, apesar das centenas de posições de mísseis e artilharia que podem ser usadados para atingir  o território sul-coreano em poucos minutos.

Todavia, o General Sharp advertiu que qualquer conflito eventual com a Coreia do Norte poderia resultar duma forma ou doutra na destruição da capital sul-coreana, Seoul, apesar da possível incapacitação das tropas norte-coreanas pelas forças americanas.

Por sua vez, o Presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse numa mensagem radiofónica, hoje, segunda-feira, que estava disposto a reunir-se numa mesa redonda com os responsáveis norte-coreanos para resolver qualquer diferença que exista entre os dois lados.

Disse o governante sul-coreano que apesar das recentes ameaças de Pyongyang, os sul-coreanos não se devem preocupar excessivamente.