A Aliança Global para as Vacinas e a Imunização, angariou uma verba de 55 milhões de dólares para proceder ao armazenamento de vacinas que salvam vidas e conter assim o alastramento da meningite por África.

A Aliança está sediada em Genebra sendo uma parceria público privada que incluiu a Organização Mundial de Saúde, a UNICEF e instituições de benemerência, como a Fundação Bill e Melinda Gates.

Em África cerca de 400 milhões de pessoas em encontram-se em risco potencial de apanhar meningite, já que vivem na denominada Cintura da Meningite, que vai desde o Senegal na costa ocidental, até a Etiópia, na costa leste. A meningite irrompe durante a estação seca, que se prolonga de Janeiro a Junho.

Durante as primeiras 11 semanas deste ano a Organização Mundial de Saúde notificou mais de mil e quinhentos casos mortais em cerca de vinte e cinco mil casos de meningite. Mais de oitenta e cinco por cento dos casos registaram-se no norte da Nigéria e no Níger.

O porta-voz da Aliança Global para as Vacinas e a Imunização, Dan Thomas revelou a Voz da América que as vacinas meníngeo cocos não podem ajudar as pessoas que já se encontram infectadas com a doença, mas que constituem uma arma essencial para impedir casos e mesmo epidemias.

Segundo Dan Thomas a contribuição de 55 milhões de dólares vai permitir adquirir até 2013 quarenta e cinco milhões de vacinas para apoio a surtos de emergência nos países mais vulneráveis.

'Trata-se do armazenamento da única vacina que existe disponível neste momento e significa que na altura em que os países necessitarem, vão existir vacinas disponíveis para serem enviadas de imediato para as comunidades e as pessoas que delas necessitem. '

A meningite é uma infecção bacteriana do líquido que rodeia o cérebro e o cordão espinal. A doença desenvolve-se rapidamente sendo altamente contagiosa, matando uma em cada dez pessoas que afecta.

Entre cinco de dez por cento dos pacientes morrem num espaço de 24 a 48 horas após os primeiros sintomas. Cerca de um quarto dos sobreviventes sofrem danos permanentes, a maioria perde a audição, ficam afectadas mentalmente ou apanham epilepsia.

Thomas referiu que uma nova vacina que pode ser utilizada nas imunizações de rotina contra a meningite poderá estar disponível até final do ano.

"Isto não é viável com a vacina existente por que apenas protege durante dois ou três anos, não sendo muito eficaz nas crianças de idade inferior a dois anos, por que não tem capacidade de desenvolver anticorpos. Mas a nova vacina pode proteger a longo prazo o que permitirá as imunizações de rotina a todas crianças da zona."

Dan Thomas sustenta que prosseguem os testes clínicos da nova vacina e que quando a Organização Mundial de Saúde lhe der luz verde, a Aliança Global para as Vacinas e a Imunização poderá distribui-la pelas nações que necessitem e a desejem.