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Comité empresarial vai contribuir para travar impacto do HIV

Jornal de Angola

Luanda - A directora do Instituto Nacional de Luta contra o Sida, Dulcelina Serrano considerou a criação do Comité Empresarial de combate à epidemia, como uma forma de permitir a união de esforços para a concertação de acções e estratégias com vista a travar o curso da doença pelo país.

De acordo com a responsável que falava terça-feira em Luanda, durante a cerimónia de lançamento do Comité Empresarial de combate ao Sida-Angola, disse ser esta uma causa social em que todos devem estar envolvidos.

"Na luta contra o Sida e todas as formas de discriminação torna-se fundamental a participação das organizações privadas, seja na potencialização das políticas públicas formuladas pelos organismos gestores do país, seja na execução das acções voltadas à prevenção, assistência aos seus trabalhadores, familiares destes e as comunidades", salientou.

Segundo Dulcelina Serrano, desta integração entre o poder público e as instituições privadas deve emergir uma proposta de actuação conjunta a médio e longo prazos capaz de responder ao enorme desafio que constitui a epidemia, que passaria pela mobilização de mais recursos financeiros, humanos e de infra-estruturas de formas a ultrapassar os obstáculos desta luta.

" O Sida não é apenas uma emergência, é um problema de grande magnitude com um impacto a longo prazo e só poderá ser vencida com uma actuação sustentada e firme determinação política como prioridade permanente".

Na ocasião, a embaixadora dos Estados Unidos em Angola, Cynthia Efird disse que o surgimento desta iniciativa é uma oportunidade para que o governo norte-americano possa uma vez mais ajudar o país.

Segundo a embaixadora, o país tem ainda a oportunidade de travar a evolução o HIV/SIDA, porém, o governo precisa também do apoio do empresariado para garantir uma melhor qualidade de vida à população.

Este órgão criado por iniciativa do Instituto Nacional de Luta contra o Sida em parceria com Odebrecht e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional "Usaid" tem como objectivos principais a troca de experiências sobre programas de combate ao Sida, formação de quadros, enriquecimento da estratégia de actuação, bem como a realização de campanhas de prevenção.

Podem integrar o comité todas as empresas nacionais e estrangeiras interessadas em apoiar a luta pelo HIV/Sida no país.

O último relatório da ONU/Sida indica que até ao momento mais de 65 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus do HIV no mundo dos quais 25 milhões já faleceram.

No continente africano o impacto da doença é catastrófico, pois uma em cada 20 crianças é órfã. A epidemia constitui a principal causa de morte prematura no mundo ( entre homens e mulheres dos 15 aos 59 anos) e de retrocesso no desenvolvimento nas regiões em crescimento.

Estiveram presentes na cerimónia o ministro da saúde, Sebastião Veloso, o director da Usaid para a África do Leste, Jeff Ashley e representantes de diversas empresas.