United States Holocaust Memorial Museum
Enciclopédia do Holocausto
História Pessoal
Hessy Levinson Taft
Descreve as tentativas de seu pai para conseguir vistos para a família emigrar de Nice, no sul da França
[Vídeos de Entrevistas: 1990]
Transcrição:
Quando você consegue um visto de imigração norte-americano, que é muito difícil de conseguir,
porque você precisa provar que pode se sustentar e, sabe,
que você não vai acabar dependendo de assistência social ou tornando-se um fardo para
alguém no país, que você goza de boa saúde e
assim por diante. Mas, mesmo depois de tudo isso, lhe dizem que você tem 90 dias
para chegar à costa norte-americana. E meu pai percebeu, conforme o tempo passava,
que não havia jeito nenhum de conseguir levar sua família para os
Estados Unidos dentro do prazo restante. Trinta dias antes do visto
expirar, ele solicitou uma extensão em Washington. O Atlântico,
sabe, do outro lado do Atlântico, não havia vôos comerciais
naquela época. Isso foi em 1941. O oceano era patrulhado,
submarinos... De qualquer jeito, nós esperamos por uma resposta de Washington.
E ela veio finalmente, e dizia "Não." Eles nos negaram a
extensão. Então, mais uma vez, eu acho que poderia dizer que não é graças ao Tio
Sam que eu estou sentada aqui hoje. Meu pai tentou todas as vias
disponíveis para ele. Ele foi a diversos consulados latino-americanos
na França e em Nice. Por fim, acabou achando um funcionário consular
cubano que o ouviu, além disso aceitou algum dinheiro, e
lhe concedeu vistos para Cuba.
Berlim, Alemanha, 1934
Com o aumento do anti-semitismo no período que antecedeu a Guerra, a família de Hessy fugiu da Alemanha para Paris, mas foi em vão pois a França foi dominada pelo exército alemão em junho de 1940. A família de Hessy foi levada clandestinamente para a "zone libre" (zona livre) no sul da França. Em 1941 a família recebeu vistos para que seus membros emigrassem para os Estados Unidos, mas não conseguiram sair antes que o prazo de validade expirasse, e nem conseguiram obter uma extensão do prazo. Em 1942, a família Taft obteve vistos para Cuba, onde se estabeleceu antes de emigrar para os Estados Unidos em 1949.
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