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O Período Colonial
O Movimento pela Independência
O Período Imperial A República
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D. Pedro I (1798-1834) proclamou o Brasil independente de Portugal no dia 7 de setembro de 1822. Em contraste com o que havia ocorrido com América espanhola, a independência não resultou na formação de várias repúblicas. Apenas ocorreram pequenos conflitos entre os brasileiros e as forças leais a Portugal, mas a unidade territorial foi mantida sob a forma de governo monárquico. Embora os americanos fossem favoráveis à república, os Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil em dezembro de 1824. José Silvestre Rabello (1807-1891) foi o primeiro representante do novo país enviado a Washington em 1824.
Em 1831, quando Dom Pedro I abdicou do trono do Brasil, seu filho Pedro de Alcântara (1825-1891) foi aclamado imperador com o título de D. Pedro II. Porém, como contava com apenas cinco anos de idade, não pôde assumir o governo, que foi entregue inicialmente a uma Regência Trina Provisória até que a Assembléia Geral elegesse a Regência Trina Permanente, composta por José da Costa Carvalho (1796-1860), João Bráulio Muniz (1796-1835) e Francisco de Lima e Silva (1785-1853). A Assembléia ratificou a escolha de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), feita anteriormente por Dom Pedro I para tutor de D. Pedro II, em sua menoridade.
Em 1834 criou-se a Regência Una, a ser eleita por um período de quatro anos. Foi eleito regente o Padre Diogo Antônio Feijó (1784-1843) , que permaneceu no cargo até 1837, quando renunciou; foi eleito para substituí-lo o Senador Pedro de Araújo Lima (1793-1870). A regência de Araújo Lima, que deveria durar até 1842, encerrou-se em 1840 com a proclamação da maioridade de Dom Pedro II. Os partidários da antecipação da maioridade do jovem imperador acreditavam que o fortalecimento do poder central, na pessoa do imperador, poria termo à agitação reinante em algumas províncias.
O reinado de Dom Pedro II, também chamado de Segundo Reinado, estendeu-se de 1840 a 1889, foi marcado pela expansão do território nacional rumo oeste e é considerado um período de estabilidade e progresso.
Uma das grandes questões internas do Império foi a da escravatura que, iniciada nos albores da colonização, provavelmente em 1532, estendeu-se até 1888. São três séculos e meio de escravidão, condição na qual o negro desempenhou importante papel tanto na fase colonial quanto depois da Independência, no desenvolvimento econômico do Brasil. Em 1850 a Lei Eusébio de Queirós proíbe o tráfico de escravos. A partir desse momento, intensifica-se a campanha pela abolição total da escravidão. Esse ideal que motivou a atuação de políticos, artistas, poetas, militares e intelectuais, não foi alcançado de uma só vez; a lei da abolição total foi precedida de outras parciais como a Lei do Ventre Livre que declarava livres todos os filhos de escravos que nascessem a partir da data de sua promulgação, 28 de setembro de 1871.
Em 1885, a Lei dos Sexagenários libertava todos os escravos de 60 anos em diante. A abolição total veio a 13 de maio de 1888, durante a Regência da Princesa Isabel (1846-1921), na ausência do Imperador, que estava em viagem à Europa.
A Lei Áurea, como foi chamada, provocou profunda desordem na economia do país, com exceção de São Paulo. Nas outras províncias não se tinham providenciado meios de substituição do braço escravo pelo braço livre.
Com o fim da escravidão os dias do império estavam contados. Não houve guerra civil mas as províncias que dependiam da mão-de-obra escrava deixaram de apoiar o imperador. A república foi proclamada no ano seguinte e o imperador e sua família exilados para a França. |
[Pedro II, Imperador do Brasil, em 1883], Joaquim Insley Pacheco, 1883. Fundação Biblioteca Nacional. Divisão de Iconografia.
Embora Dom Pedro I tenha declarado a independência do Brasil e se tornado o primeiro imperador do país, seu filho, Dom Pedro II foi a figura mais importante do período imperial. O pai foi criticado por ter sido incapaz de proteger os interesses do Brasil devido a seu nascimento em Portugal.
Acclamation de D. Pedro II. À Rio de Janeiro le 7 Avril, 1831 [Acclamation of D. Pedro II as Emperor of Brazil on April 7, 1831] em Voyage pittoresque et historique au Brésil [Viagem pitoresca e histórica ao Brasil], Jean-Baptiste Debret, 1834. Fundação Biblioteca Nacional. Divisão de Iconografia.
Dom Pedro II foi aclamado formalmente imperador assim que seu pai abdicou o trono. A cerimônia aconteceu no Campo de Santana, perto do centro do Rio de Janeiro, onde a população saudou seu novo imperador.
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